Subliminally
You pour your heart out
Word by word
Sentence by sentence
Like a shy cloud
That without much ado
Rains itself all over a dry land
Expecting to be absorbed
Expecting to be understood
But above all expectations
Just being a cloud
Showering down
Desertly,
I capture the unsaid words
With the wisdom of a fool
And an overbuilt caution
Like the cat who walks surreptiously
Over an offering of cold milk
In a hot summer day
Uncertain what to do next
Afraid to take a step forward
And be caught and captured
Just a cat being a cat
Sensitive and scared
Subliminally,
Those three little wordily devils
Float around jokingly
Laughing out loud at the puzzled me
Desertly,
I let myself be washed down
Maybe when Spring comes
New flowers will blossom
20 de jun. de 2012
18 de jun. de 2012
O químico
Subindo e descendo as barreiras
Passando por túneis quânticos
O químico segue adiante
Cruzando impetuosamente os complexos
Transientes estados de incerteza
Para onde o levarão?
O caminho pode ser irreversível
E ainda que desconhecendo o fim
Adiante ele caminha
Perfazendo seu mecanismo
Concertando-se aos demais
Que, como ele, viajam
Navegando perdidos na solução
Diluindo-se e deixando-se levar por
Pontes eletrostáticas
Perdendo-se, de polo a polo,
Em solventes braços.
Ora na garupa catalisadora
Outrora pegando as ondas
Que o iluminam com seus fótons
No paradoxo dualista da Natureza
Ele recebe a energia
Para adiante prosseguir
Por cada passo intermediário
Até atingir, no fim, um dia
O dinâmico equílibrio.
--
Subindo e descendo as barreiras
O químico segue adiante
Na montanha-russa da vida
Cujo fim é apenas um mínimo local
Apenas mais um começo
Um começo cujo fim
Será sempre outro começo
Pois se nada se cria,
Como pode haver fim absoluto?
E, nessa transformação eterna,
Só há a ação do transformar
Que um dia fará desse químico
Alguma outra molécula mais
A viajar pelo tempo-espaço
Criando e recriando o universo inteiro
Que sempre esteve e estará bem ali
Naquele químico
Que insiste em seguir adiante.
Que insiste em seguir adiante.
17 de jun. de 2012
Sumiê
Um velho buda
Recriando budas
Com seus pincéis
E sua tinta de carvão
Trabalhando em sua solidão
Com toda a grande Terra
E os seres sencientes
Sob a estrela da manhã
Um velho buda
E a tinta de carvão
Recriando budas
Com seus pincéis
E sua tinta de carvão
Trabalhando em sua solidão
Com toda a grande Terra
E os seres sencientes
Sob a estrela da manhã
Um velho buda
E a tinta de carvão
Do alto do templo
Do alto do templo
Um casal de corvos discutia
Mas apenas um falava
(Será que era a fêmea?)
Um velho monge passa
Carregando uma garrafa de chá,
Um sorriso e um bom dia.
Um casal de corvos discutia
Mas apenas um falava
(Será que era a fêmea?)
Um velho monge passa
Carregando uma garrafa de chá,
Um sorriso e um bom dia.
Nehan
No goal
No finish line
How can there
Be a winner?
And how can there
Be a loser?
No finish line
How can there
Be a winner?
And how can there
Be a loser?
O velho corredor
O velho corredor polido
Reflete cada passo do monge
Que continua a poli-lo
Como quem lava um oceano
Se a velha madeira o reflete
Como pode o sentar
Não torná-lo buda?
Reflete cada passo do monge
Que continua a poli-lo
Como quem lava um oceano
Se a velha madeira o reflete
Como pode o sentar
Não torná-lo buda?
7 de jun. de 2012
Ondando
E no meio do meio do mar
Sem bússola ou estrelas
Nem capitão para o guiar
Um velho barco a velas a navegar
Seguindo o rumo sem rumo
Das ondas e do ar
Escravo de ventos e correntezas
Livre para ir sem se preocupar
Certo de que há no fim de aportar
Ele goza da viagem suas belezas
Alimentado pela força do Sol
E tomando a Lua por poesia,
Embalado pela invisível maresia,
O velho barco segue pelo infinito só
Quantos portos ainda há de visitar?
Quantas tempestades suportará?
Até onde o Oceano o carregará?
E, lá, o que há para se encontrar?
No meio do meio do mar
Seguindo rumo sem rumo
O velho barco a velas
Pra sempre a navegar
Sem bússola ou estrelas
Nem capitão para o guiar
Um velho barco a velas a navegar
Seguindo o rumo sem rumo
Das ondas e do ar
Escravo de ventos e correntezas
Livre para ir sem se preocupar
Certo de que há no fim de aportar
Ele goza da viagem suas belezas
Alimentado pela força do Sol
E tomando a Lua por poesia,
Embalado pela invisível maresia,
O velho barco segue pelo infinito só
Quantos portos ainda há de visitar?
Quantas tempestades suportará?
Até onde o Oceano o carregará?
E, lá, o que há para se encontrar?
No meio do meio do mar
Seguindo rumo sem rumo
O velho barco a velas
Pra sempre a navegar
5 de jun. de 2012
Au au!
"Oi!" e um sorriso.
Entre latidos,
Meu coração explode.
Entre latidos,
Meu coração explode.
Fio
Às vezes sinto-lhe aqui,
Outras vezes sinto-me ali
Na outra extremidade
E na outra extremidade
O que é que há?
Há de haver
Algum objeto direto
Quiçá pronome pessoal
Do caso reto (ou oblíquo),
Algum complemento
Dessa ação sem fim.
Há de haver
Sujeito ainda oculto
Desconhecido e perdido,
Subordinado por
Avalanches de orações incoesas
Entre períodos nada coerentes.
Há de haver
O pleonasmo perfeito,
Um delicado eufemismo:
Aquela metáfora faltante
Pra essa linguagem desfigurada.
Há de haver
O que quer que haja,
Desde que havendo
Eu possa perceber, ao lhe ver,
Que há apenas você.
Há de haver
Fim pra este emaranhado
Cujo começo desconheço
Cujo fim também desconheço
Mas acredito que
Há de haver
(E há de ser você.)
Outras vezes sinto-me ali
Na outra extremidade
E na outra extremidade
O que é que há?
Há de haver
Algum objeto direto
Quiçá pronome pessoal
Do caso reto (ou oblíquo),
Algum complemento
Dessa ação sem fim.
Há de haver
Sujeito ainda oculto
Desconhecido e perdido,
Subordinado por
Avalanches de orações incoesas
Entre períodos nada coerentes.
Há de haver
O pleonasmo perfeito,
Um delicado eufemismo:
Aquela metáfora faltante
Pra essa linguagem desfigurada.
Há de haver
O que quer que haja,
Desde que havendo
Eu possa perceber, ao lhe ver,
Que há apenas você.
Há de haver
Fim pra este emaranhado
Cujo começo desconheço
Cujo fim também desconheço
Mas acredito que
Há de haver
(E há de ser você.)
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