Passam vidas
Passam sonhos
Passam promessas
Nestas águas
Depositamos desejos
Lavamos corpos
Purificamos almas
Sobre as águas
Deslizam pensamentos
Planam fortunas
Acontecem amores
Quão estúpido é
Confiar naquilo que não se controla?
O que é que se controla?
O que se pode pretender controlar
Num mundo que não pertence a ninguém?
Tudo são águas
Tudo são ilusões
Somos todos ignorantes
Estúpidos, e arrogantes
Impotentes (e prepotentes)
Achamos, às vezes,
Que temos algum controle
Que o trono é nosso
E fazemos o que bem entendemos
Mas então vêm as águas
E mostram que somos tão frágeis
Como porcelanas chinesas
Nas mãos de um bebê inocente
Nenhum comentário:
Postar um comentário