31 de mai. de 2010
O Corvo e a Escrivaninha
27 de mai. de 2010
つきのバレエ
26 de mai. de 2010
Que eu renasça um cometa!
24 de mai. de 2010
Haikai?
19 de mai. de 2010
Sobre o "Sofrimento" (II)
16 de mai. de 2010
Sobre o "Sofrimento"
Todo ensinamento do Buda baseia-se no que é chamado de "As Quatro Nobres Verdades":
- A Existência do Sofrimento;
- A Origem do Sofrimento;
- A Cessação do Sofrimento;
- O Caminho para a Cessação do Sofrimento.
Bom, dá pra notar que todo ensinamento budista constrói-se em torno do sofrimento né? Parece algo pessimista não é mesmo?
- Visão correta;
- Intenção correta;
- Fala correta;
- Ação correta;
- Modo de vida correto;
- Esforço correto;
- Atenção plena correta;
- Concentração correta.
1 de mai. de 2010
C.J. 1 - Introdução
Steve Coulanges era um perdido... Estava num mundo que não compreendia. Tentava se adaptar às novas tecnologias, procurava sempre desvendar os segredos do tal "mundo novo" - título de um livro bem antigo que lera.
Diz-se ser comum uma pessoa idosa não se dar bem com novas idéias, quanto mais tecnologias, contudo, Coulanges não era um velho, nem perto disso. Steve era um rapazote de 19 de anos, extremamente competente e talentoso. Sempre disse para sí mesmo que seria, um dia, um dos maiores especialistas em tecnologia do mundo - só que isso era promessa velha, fazia-a desde os 12 anos, quando tudo começou.
"Desta vez eu vou me adaptar" Repetiu, no dia em que comprou o tal "maldito" robô, a mesma frase que dizia desde que chegou à "Cidade" há dez anos."Eu não entendo" outra das frases comumente ditas horas depois...
O engraçado é que Steve, e ele não sabia, seria um dia muito do que um dia sonhou, entretanto, os sonhos que seriam atingidos eram mais antigos, tão antigos que Coulanges nem lembrava. Esperanças que dividia com seu pai, um pai que há 10 anos não via e cujas ações foram decisivas para este futuro...
O baú das almas
Não veio um anjo torto me pedir pra ser gauche na vida, (como aconteceu com o poeta maior) quando eu nasci.
Nasci na final de uma Copa do Mundo e meu pai quase pula, num grito que deu, do andar em que estava na maternidade, não porque eu tenha nascido é que tinha saído o gol do Brasil e era o do título... Pelo menos foi um bom começo... Já nasci bi-campeão.
Não sei se escrevo as coisas que vejo e sinto, ou se as descrevo. As vezes tenho a sensação de observador apenas, ali na minha frente, um holograma de outra dimensão me dita versos e procuro transcreve-los, como um bom aluno. Depois guardo num baú. Um baú de almas holográficas, que de vez quando solto pra me contarem suas verdades mentirosas ou suas mentiras sérias.
Não aprendi o lado pratico da vida, como, trocar fusível, comprar transformador, rebocar parede, etc. Acho pouco pratico o lado pratico da vida, a não ser pelo fato de que é muito mais fácil cozinhar miojo que feijão, até porque, jamais aprenderia a cozinhar feijão.
As coisas acontecem porque, de alguma forma, precisam acontecer do jeito e no momento que acontecem.
De repente você passa por uma curiosa situação atemporal que o faz pensar que você já esteve neste lugar, nesta mesma cena, com este mesmo clima e mesmas pessoas. Você só não entende porque este instante voltou ou quando foi exatamente que ele ocorreu. Não é assim? Existem algumas explicações que não vem ao caso; o que realmente incomoda é a memória de algo que ainda está pra acontecer. Não há como antecipar o que passou, simplesmente as coisas se acomodam porque as colocamos ali e de uma maneira ou de outra, elas vão se manifestar.
Só sei mesmo é o que acredito. Deus está no controle então, cuidado quando for mudar de canal.
© Dirceu Ramos in “O baú das almas”
veja mais em http://clubedeautores.com.br/book/6443--O_bau_das_almas