Não sei nem o que
Nem o porque,
Muito menos o saberia dizer
Assim, sem mais nem menos,
Espontaneamente.
Não sei mesmo o que é,
Mas sei que algo há.
Algo que não sei dizer ou explicar
E, na real, nem sei se fazê-lo é necessário:
Explicações são tão chatas!
Monotonizam o que quer que se prestem a (tentar) explicar.
(A luz refletida nas asas de um avião
Torna-se-ia então um mero reflexo
Da realidade que encanta o observador.
Quem se importa com as leis da Óptica?!
Para o inferno com Snell, Kepler
E os demais infiéis da Física!)
Só sei que nem sei o que é
E muito menos o porque;
Mas, sinceramente, dane-se:
A ignorância é uma dádiva.
(Felizes os que sabem reconhecê-la.)
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