Um dia para o fim do mundo
E agora, para onde fugir?
As colinas estão longe
(E já devem estar lotadas por agora.)
Um dia para o fim do mundo.
Pelo menos escaparei por algumas horas mais.
Apesar que - fim do mundo por fim do mundo -
O Japão parece-me estar melhor preparado
(Afinal, já passou por tantos...)
Um dia para o fim do mundo
Um dia para um novo recomeço
Poderíamos fazê-lo direito dessa vez;
Assim o fim do mundo não seria uma má ideia.
Um dia para o fim do mundo
E eu que achava que ele acabava a cada segundo...
(20 Dez, 2012. Porto)
7 de fev. de 2013
Mirando
Cruzando cidades, países
Cruzando vidas que vêm e vão
Por que tudo isso?
O mundo parece tão largo e diverso!
No fundo, contudo,
Somos todos iguais:
Todos poeira de estrelas e galáxias,
Resquícios remendados e acrescidos
De tudo aquilo que fomos antes.
Oh mundo, vasto mundo,
Que tem tantas pessoas iguais
E tantas vidas distintas.
(20 Dez, 2012. Braga)
Cruzando vidas que vêm e vão
Por que tudo isso?
O mundo parece tão largo e diverso!
No fundo, contudo,
Somos todos iguais:
Todos poeira de estrelas e galáxias,
Resquícios remendados e acrescidos
De tudo aquilo que fomos antes.
Oh mundo, vasto mundo,
Que tem tantas pessoas iguais
E tantas vidas distintas.
(20 Dez, 2012. Braga)
King's Cross
That hug
And the world stops with the train.
"Goodbye! And take care," she said.
"I love you so much!" the whole world heard.
(Dec 14th, 2012)
And the world stops with the train.
"Goodbye! And take care," she said.
"I love you so much!" the whole world heard.
(Dec 14th, 2012)
31 de jan. de 2013
6.18AM
A noite arrasta-se tartarugamente,
Como um bêbado que desliza em câmera lenta sobre uma pista de ovos.
Embalada pelas batidas fortes (com mais decibéis que conteúdo),
Te vejo sentada no canto, mirando o nada.
'O que se passa ali dentro?', pergunto-me sem efeito.
Tuas mãos nas dele, e as dele encasuladas nas tuas:
Um carinho singelo, quase desapercebido na enebriação do grogue.
Teus olhos, distantes: além do além.
Lágrimas escorrem sem propósito.
Misturam-se a um resquício de suor mal-evaporado
Lavando meus olhos e queimando-os como álcool em ferida aberta.
Então isso é tudo. Ponto final.
Nada existe de mais decepcionante no mundo que as malditas expectativas!
Nem sonhos incabados, nem o primeiro beijo, nem o final de Lost;
Nada decepciona mais do que expectativas.
O sol clareia aos poucos o céu sobrecarregado.
O friozinho da manhã e a caminhada longa ajudam a aliviar os efeitos do álcool.
Vocês caminham, a passos meio entrelaçados, de mãos dadas.
Aquelas lágrimas secam ao vento fresco
E são deixadas para trás
Com o raiar do novo dia.
Nan
Não sei nem o que
Nem o porque,
Muito menos o saberia dizer
Assim, sem mais nem menos,
Espontaneamente.
Não sei mesmo o que é,
Mas sei que algo há.
Algo que não sei dizer ou explicar
E, na real, nem sei se fazê-lo é necessário:
Explicações são tão chatas!
Monotonizam o que quer que se prestem a (tentar) explicar.
(A luz refletida nas asas de um avião
Torna-se-ia então um mero reflexo
Da realidade que encanta o observador.
Quem se importa com as leis da Óptica?!
Para o inferno com Snell, Kepler
E os demais infiéis da Física!)
Só sei que nem sei o que é
E muito menos o porque;
Mas, sinceramente, dane-se:
A ignorância é uma dádiva.
(Felizes os que sabem reconhecê-la.)
Nem o porque,
Muito menos o saberia dizer
Assim, sem mais nem menos,
Espontaneamente.
Não sei mesmo o que é,
Mas sei que algo há.
Algo que não sei dizer ou explicar
E, na real, nem sei se fazê-lo é necessário:
Explicações são tão chatas!
Monotonizam o que quer que se prestem a (tentar) explicar.
(A luz refletida nas asas de um avião
Torna-se-ia então um mero reflexo
Da realidade que encanta o observador.
Quem se importa com as leis da Óptica?!
Para o inferno com Snell, Kepler
E os demais infiéis da Física!)
Só sei que nem sei o que é
E muito menos o porque;
Mas, sinceramente, dane-se:
A ignorância é uma dádiva.
(Felizes os que sabem reconhecê-la.)
kotoba
Flutuantes
Palavras
Voam sem rumo
Dançam sem ritmo
E caem no esquecimento
Pois o que é que dura para sempre?
Flutuantes
Palavras
Como espumas no mar
Navegam sem direção
E chegam sabe-se lá onde
(E sabe-se lá quando.)
Flutuantes
Palavras
Voam longe, longe.
(Mas um dia chegam lá!)
Palavras
Voam sem rumo
Dançam sem ritmo
E caem no esquecimento
Pois o que é que dura para sempre?
Flutuantes
Palavras
Como espumas no mar
Navegam sem direção
E chegam sabe-se lá onde
(E sabe-se lá quando.)
Flutuantes
Palavras
Voam longe, longe.
(Mas um dia chegam lá!)
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