30 de set. de 2010

ODE à Ciência

Perco-me entre balanços de massa

Equações viriais e derivadas parciais

CSTRs, PFRs, PBRs e outros Rs mais

Perfis de concentração pelo tempo

Pelo tempo, pelo raio, pelo comprimento

Strings, loops e comentários

% só para deixar bem claro

% o que de claro nada tem


Mas a vida bem que podia ter seus ode, não é?

ode45, ode23, ode15s, ode102:

Pra solucionar cada infinitésimo de segundo que vier

Para cada interação (sempre não-ideal), pois

É sempre tão difícil entender o que se quer!

(Também o que não se quer, e o que nem se quer nem não se quer.)


Mas enquanto não prevemos da vida coisa alguma

Recolho-me à minha científica insignificância

À eterna labuta de compreender ao menos uma

Correndo como num sonho, numa eterna infância

Experimentando a maravilha de conhecer um mísero grão de areia

Frente à excitação de observar todo o mar infinito

Bem ali, ao toque dos dedos curiosos

E ao poético sonhar da imaginação sem limite.

Um comentário:

  1. Caraca! Tava bem inspirado hein brother??

    Li umas duas vezes pra tentar entender melhor cada verso!

    Gostei do verso "À eterna labuta de compreender ao menos uma..."
    Passamos dias tentando entender algumas coisas e no fim, entendendo ou não, nos dedicamos a outros pensamentos e aflições, numa busca infinita que nos leva a lugar nenhum...

    Ah, num sou como vc com os versos, mas acho que dá pra entender! hahahaha

    Saudades!

    Abraços

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