7 de jun. de 2012

Ondando

E no meio do meio do mar
Sem bússola ou estrelas
Nem capitão para o guiar
Um velho barco a velas a navegar
Seguindo o rumo sem rumo
Das ondas e do ar

Escravo de ventos e correntezas
Livre para ir sem se preocupar
Certo de que há no fim de aportar
Ele goza da viagem suas belezas

Alimentado pela força do Sol
E tomando a Lua por poesia,
Embalado pela invisível maresia,
O velho barco segue pelo infinito só

Quantos portos ainda há de visitar?
Quantas tempestades suportará?
Até onde o Oceano o carregará?
E, lá, o que há para se encontrar?

No meio do meio do mar
Seguindo rumo sem rumo
O velho barco a velas
Pra sempre a navegar

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