26 de mai. de 2010

Que eu renasça um cometa!

Ah, que eu renasça um cometa!
Ou talvez um planeta perdido nos confins cósmicos
Dormir ao relento do universo em movimento
Com seus quasares pulsando em frenesi
E as anãs brancas iluminando o cenário multiétnico
Poder sentir as chuvas cósmicas
Sem medo da ultraviolência dos raios estelares
Nem da escuridão dos buracos negros
Poder observar em êxtase as gigantes vermelhas
E o esplendor das supernovas radiantes

É, bom mesmo seria ser um cometa,
Viajante errante pelas onze dimensões universais
Conhecedor dos centros e das periferias
Um verdadeiro monge nômade espacial
Sem identidade, sem egos, sem desejos
Apenas a simples missão de experimentar
Livre das barreiras do espaço
Livre das barreiras do tempo
Apenas ele mesmo, sem ser em si mesmo "ele"
E sendo, ao mesmo tempo, o Universo inteiro.

Ah, Deus, que eu renasça um cometa!

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